Asoka representa o melhor da
produção de Bollywood, a Hollywood da Índia. O cineasta, co-roteirista e
diretor de fotografia Santosh Sivan não foge da tradição e realiza um
épico com mais de duas horas de duração e os números musicais tão caros
ao cinema indiano. Mas o diretor trabalha com temas de apelo universal. O
filme mistura romance, drama, busca espiritual e impressionantes cenas
de batalha, além de belíssimas locações. O terceiro imperador da
dinastia Mauryan, Asoka, fez de Magadha, por volta do ano 3 a.C., o
reino mais próspero e poderoso da Índia. Asoka é mais conhecido por ter
espalhado os conhecimentos do budismo pela Ásia. Mostram-se fatos
importantes de sua vida, como suas aspirações ao trono, a rotina de
viajante e a trajetória como conquistador. Como de fato se sabe muito
pouco sobre a vida de Asoka, Sivan soltou a imaginação e criou uma
intensa história de amor, tendo eventos políticos e intrigas familiares
como pano de fundo. A cuidadosa produção, além do excelente trabalho de
câmera, faz deste filme um produto acessível. Os números musicais, como
sempre, integram a narrativa. A jornada espiritual do protagonista é
outro atrativo para o espectador.
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