Sinopse: |
No
inicio da história do programa, todos os quadros se passavam numa
cidade do interior do Nordeste, a tal Chico City, aproveitando o sucesso
da novela O bem amado, que fazia graça com personagens e sotaque
daquela região do Brasil. O prefeito era o populista e corrupto Valfrido
Canavieira. Seu pai, foi revelado depois, era o Professor Raymundo, que
também teve lugar no programa com sua Escolinha. Um dos destaques era o
velhote Seu Popó, que vivia implicando com seu companheiro Albamerindo
(Jomba) e com suas enfermeiras. O jornal da cidade, que fazia oposição
ao prefeito, era escrito por Setembrino, vulgo "Esquerdinha". Na rádio
fazia sucesso o locutor Roberval Taylor. Nos comícios de Canavieira, se
apresentavam o grupo Baiano e os Novos Caetanos (sátira de Caetano
Veloso e os Novos Baianos). A música Vô Batê Pá Tu, de autoria de
Orlandivo e Arnaud Rodrigues foi um mega sucesso, inclusive na Europa.
Um dos habitantes mais conhecidos da cidade era o famoso Pantaleão, o
maior mentiroso do Brasil. Era casado com Terta (Suely Mey), chamada
frequentemente por ele para confirmar as "histórias" do marido (pelo
bordão "É mentira, Terta?") que sempre se passavam em 1927. O protegido
do casal era o famoso Pedro Bó, adulto com postura de criança. Ele era
interpreado pelo artista de circo Joe Lester, que era secretário do
comediante Jararaca (da dupla Jararaca e Ratinho) que fazia parte do
elenco do programa. Pedro Bó seria feito pelo comediante Agildo Ribeiro
que, por algum motivo, não pôde interpretar o papel. Lester que estava
na gravação acompanhando Jararaca, por indicação de Chico Anysio, pegou o
papel, que foi um dos maiores sucessos da época, fazendo muitos shows e
gravando discos, sempre para o público infantil, chegando a estrelar o
longa "Pedro Bó, o Caçador de Cangaceiros". O bordão "Não, Pedro Bó",
foi um sucesso nacional, sendo inclusive o nome da seção da revista MAD
onde tinha "Respostas Cretinas para Perguntas Imbecis" O último quadro
do programa era com o Véio Zuza, um preto velho tradicional a quem os
personagens iam se consultar sobre problemas diversos. Ele sempre
respondia com um misto de ironia e bom-senso. Neste quadro, o personagem
Negritim, era interpretado pelho filho de Chico, Nizo Neto, também
maquiado de negro. Chico protagonizava todos os quadros principais, mas
havia alguns exclusivos de outros humoristas, como o "Beleza" (o
conquistador da cidade), interpretado por Carlos Leite, e "Os
Intelectuais", onde Bertoldo Brecha (o pretenso intelectual de botequim,
que vivia travando "sábios" diálogos com um amigo (Martim Francisco), a
quem se referia como "Caro colégua", e cujo nome é uma sátira ao
dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht), interpretado por Mário
Tupinambá, que voltaria na Escolinha com o bordão "Veeeeeenha!". |